A Fraga da Pena possui uma aura mágica que nos envolve, num cenário idílico composto por um anfiteatro natural cujo palco se ergue a 750 metros de altitude. Este gigantesco tor (torre granítica), está implantado no topo da vertente ocidental da Ribeira da Muxagata, e marca a divisão natural entre as freguesias de Queiriz e Sobral Pichorro.
Estamos perante um dos mais majestosos recintos cerimoniais do final do terceiro milénio a.C., na transição do Calcolítico para a Idade do Bronze. Com o desenvolvimento das comunidades através da sua afirmação social e política, o aparecimento de novas técnicas metalúrgicas e novos utensílios, e novas atividades artístico-simbólicas, podemos entender este local como um reforço da identidade da comunidade local.
A Fraga da Pena, em Queiriz, é um exemplo de um importante povoado característico da Idade do Bronze. As campanhas arqueológicas levadas a cabo por António Carlos Valera, nos finais do século passado, revelaram a existência de duas muralhas e dois torreões, que funcionariam como reduto defensivo. Vários objetos foram também encontrados, como machados, pontas de seta e recipientes campaniformes. Além dos objetos de uso quotidiano, foi também encontrado um pequeno ídolo antropomórfico, incomum.
Este local mantém a função de palco natural para muitos dos eventos que o Município vai organiza ao longo do ano.
O Tor da Fraga da Pena está classificado por Geossítio associado ao modelado granítico, pelo Estrela Geopark Mundial da UNESCO.
Fraga da Pena