A freguesia de Maceira encontra-se a cerca de 10 quilómetros da sede de concelho.
Viu aumentar nesta última década o número de habitantes para 245.
O padroeiro de Maceira é São Sebastião, celebrado a 20 de janeiro, mas as festividades mais representativas decorrem em honra de Nossa Senhora dos Milagres, a 8 de setembro.
A origem de Maceira está associada a uma lenda. Conta a tradição que este fértil vale atraiu os primeiros habitantes, que mais tarde terão sido vítimas de pragas de formigas. Recorrendo ao auxílio das divindades, foram encontrar nova morada mais a nascente, junto a um campo de frondosas macieiras. Será esta também a origem do seu topónimo, que surgia referido como Macieyra, no Cadastro da População do Reino, em 1528.
A tradição tem sempre um cunho de verdade e, é certo que, um dos sítios com ocupação humana mais antiga do concelho se encontra a sudoeste da povoação, na Quinta das Rosas. As investigações arqueológicas revelaram três momentos de ocupação na Pré-História, com a mais antiga atribuída ao período do Neolítico. 
Maceira ter-se-á desenvolvido, tal como grande parte das povoações do concelho, a partir da época romana, facto comprovado pela passagem de uma antiga via.
No século XVI, a presença dos nobres Cerveira da Cunha, com uma extensa propriedade na Quinta dos Telhais terá contribuído para o desenvolvimento do povoado.
Integrou o concelho antigo de Algodres, da qual era sufragânea a sua igreja, até à reorganização administrativa levada a cabo em 1836, momento em que passou a integrar o novo concelho de Fornos de Algodres. 
Em finais do século XIX, existiam várias olarias de barro negro em Maceira, bem como dois moinhos de vento para moagem de cereais, um deles reconstruído em 1993 pela Junta de Freguesia e que hoje é possível visitar.
Já em inícios do século XX, a exploração de minério (urânio, volfrâmio e rádio) foi uma realidade em Maceira. Primeiramente dirigida por uma família inglesa e depois pela Companhia das Minas da Urgeiriça, a exploração garantiu trabalho a famílias inteiras durante vários anos. As histórias do trabalho árduo do tempo do minério são ainda contadas por habitantes que aí trabalharam.
Estas e outras tantas histórias de tempos antigos, memórias de momentos, pessoas e modos de vida são um património que Maceira quer preservar. Prova disso é o projeto inovador “Embaixadores d’Aldeia”, no qual os protagonistas são os habitantes da aldeia, dispostos a partilhar estes conhecimentos com todos os visitantes.
Maceira
A Igreja Paroquial de São Sebastião surge referenciada desde o século XVIII. A única reformulação conhecida deste templo data já de 1926, com o restauro do teto da capela-mor e dos retábulos, por iniciativa de Nuno Figueiredo e D. Virgínia Amélia de Pina Cabral, professora da instrução primária aposentada desde 1913.
O edifício, rebocado e pintado de branco, apresenta uma fachada com portal de arco abatido rematado por frontão, encimado por janelão de arco abatido. O remate da fachada é feito por uma cornija com linhas côncavas e convexas, com cruz no vértice. Apresenta torre sineira do seu lado esquerdo.
No interior, destacam-se o teto da capela-mor, em caixotões com painéis pintados e os retábulos restaurados e dourados no conjunto integrado com o arco triunfal, decorados com anjos e baldaquinos. No centro do retábulo da capela-mor encontramos representado São Sebastião, o Santo Mártir.
São Sebastião é um dos santos mais venerados, encontrando-se representado em todas as igrejas do concelho.
 
Igreja Matriz
Situada a norte da povoação, a Capela de Nossa Senhora dos Milagres remonta, pelo menos até 1753, momento da sua edificação ou reconstrução. O orago da capela é celebrado desde, pelo menos, esta data sendo a romaria de Nossa Senhora dos Milagres de Maceira, uma das mais concorridas da região. Já nessa época, decorria um mercado na primeira segunda-feira de cada mês, no largo junto à capela.
É neste largo que decorre a maior festividade religiosa da paróquia, a 8 de setembro. É realizada uma missa campal com a presenças dos andores, devidamente enfeitados com flores, seguida de procissão solene pelas ruas da aldeia.
Capela dos Milagres
No extremo sul da povoação, situa-se a Capela do Senhor da Agonia. Mandada construir em 1784 pelo pároco José de Gouveia, a expensas suas e da população, apresenta-se como um edifício religioso sóbrio e elegante, com um pequeno, mas bonito adro.
A fachada é rasgada por um portal de arco abatido, ladeado por duas pequenas janelas com moldura destacando-se o nicho implantado sobre o portal, decorado com concheados e volutas.
 
Capela da Agonia
O Moinho de Vento de Maceira é único na região e representa o ancestral engenho de moagem de cereais aproveitando a energia dos ventos, num território onde prevaleciam os moinhos hidráulicos.
Em meados do século XIX existiam dois moinhos de vento em funcionamento no lugar da Cumieira. Desativados pela evolução dos tempos, entraram em decadência. Em 1993, a junta de freguesia decidiu adquirir o terreno e reconstruir um dos moinhos, com a ajuda preciosa de João Carreira, um conhecido moleiro de Porto de Mós, que aceitou ajudar na empreitada de reconstrução. Constitui-se, atualmente, como um núcleo expositivo.
Trata-se de um moinho com características tipicamente mediterrânicas, de forma cilíndrica, construído em alvenaria de pedra granítica, sendo todo o engenho concebido à base das madeiras.
Marcação de visita junto da Junta de Freguesia.
 
Moínho
Localizada no centro da aldeia, a Capela de Santo António data do século XVII/XVIII, surgindo já referida nas Memórias Paroquiais de 1758.
Em meados do século XX, foi alvo de remodelação e serve atualmente a paróquia como casa mortuária.