Fuinhas encontra-se localizada a 16 quilómetros da sede de concelho. Freguesia extinta em 2013, faz atualmente parte da União de Freguesias de Sobral Pichorro e Fuinhas, com 227 habitantes. É constituída por quatro lugares: a Lameira, Santo Amaro, Casas e Corujeira.
Tem como padroeira Nossa Senhora da Graça, mas é a romaria à Capela de Santo Amaro, a cada 15 de janeiro, a maior festividade da aldeia.
A ausência de vestígios romanos e da Alta Idade Média indicam que, provavelmente, a origem de Fuinhas será posterior. A sua primeira referência documental data já do século XVI, surgindo sob o nome de Funha no Cadastro da população do reino de 1527, mandado elaborar por D. João III. Pelos registos do Reino que foram sendo realizados ao longo dos tempos, sabemos que Fuinhas pertenceu ao antigo concelho de Algodres e curato de apresentação do vigário de Santa Maria de Algodres.
A origem do seu topónimo é também uma incerteza, no entanto a tradição adotou o pequeno mamífero como possível explicação, introduzindo-o no seu brasão.
Fuinhas
A Igreja de Nossa Senhora da Graça data, provavelmente, da segunda metade do século XVIII.
Sendo Fuinhas um curato de apresentação do vigário de Santa Maria de Algodres, sabe-se que no século XVIII, todos os habitantes de Fuinhas iam em voto à igreja de Santa Maria de Algodres, no dia 15 de Agosto, oferecer um frango ou uma galinha ao Vigário, como reminiscência do pagamento dos foros devidos pelo uso da terra.
Com uma fachada austera, apresenta um portal de volta perfeita e um campanário de ventana única encimado por coruchéus.
O seu interior revela um arco triunfal que estabelece a ligação entre a nave única e a capela-mor. Retábulo-mor, de talha dourada, com três eixos definidos por quatro colunas torsas, com os fustes ornados por cachos de uvas e pâmpanos. Duas tábuas pintadas ladeiam a tribuna, elegantemente decorada, cujas folhas de acanto se multiplicam desde o sacrário até ao trono que alberga a imagem da padroeira.
Igreja Senhora da graça
A Capela de Santo Amaro situa-se no sítio do Santo, à entrada de Fuinhas. A data que encontramos inscrita no portal principal remete a sua provável fundação para a primeira metade do século XVIII.
No exterior do templo sobressai um campanário de ventana única, orientado de forma incomum, para a fachada lateral esquerda.
No interior, a nossa atenção é dirigida automaticamente para a imagem de Santo Amaro. A talha dourada serve o propósito de enquadrar e emoldurar a imagem ao centro do retábulo-mor, presente também nas duas colunas torsas ornadas por folhas de acanto e cachos de uvas e em pequenos apontamentos ornamentais. A elegância e delicadeza do conjunto retabular é complementada pela cobertura decorada com tábuas pintadas com molduras e motivos vegetalistas.
A romaria a Santo Amaro da Beira, como é conhecido, acontece a cada 15 de janeiro. Os devotos invocam a sua interceção para cura de doenças relacionadas com os membros do corpo, oferecendo braços e pernas de cera, como prece ou agradecimento.
 
Capela Santo Amaro
Pela sua muita devoção, o cura de Fuinhas, Padre António de Faria, e todos os moradores mandaram edificar a capela de Nossa Senhora do Monte do Carmo, com licença para bênção em 24 de Outubro de 1738. Até hoje, continua a ser muito procurada pelos fiéis que recorrem a Nossa Senhora do Carmo, deixando preces e ex-votos. Continua a ser celebrada a cada 16 de julho com direito a celebração solene e procissão pelas ruas da aldeia.
A capela situa-se à saída da aldeia em direção a Celorico da Beira. Rebocada e pintada de branco, no exterior e interior, alberga três nichos no altar-mor onde se destaca a representação de Nossa Senhora do Carmo.
 
Capela Senhora do Carmo