Casal Vasco tem 218 habitantes e localiza-se a cerca de 4 km da sede de concelho. Compreende também o lugar de Ramirão, freguesia extinta em 1859.
A tradição diz-nos que a povoação de Casal Vasco começou por ser um casal, aglomerado de casas, ou pertença de um senhor chamado Vasco.
Certo é que a primeira referência documental sobre esta aldeia data já de 1527.
Casal Vasco
Localizada à entrada do Casal Vasco, a Igreja Paroquial surge-nos implantada junto à estrada. Embora de fundação antiga, o atual templo é uma construção do século XIX.
Na fachada principal, chama-nos a atenção a representação de uma cabeça humana caricata, no topo da torre sineira. Segundo a tradição, representa um dos pedreiros que, por medo, não terminou o trabalho que lhe havia sido incumbido.
No interior, as paredes brancas encaminham a nossa atenção para os conjuntos retabulares.
Os altares laterais são dedicados a Nossa Senhora de Fátima e ao Sagrado Coração de Jesus.
No altar-mor, encontramos Cristo Crucificado ao centro, ladeado por São Pedro e São José.
Santa Luzia e Santa Bárbara protegem os fiéis devotos, representadas em dois nichos laterais.
Igreja Paroquial
Situada à saída da povoação em direção a Rancozinho, a Capela de Nossa Senhora da Encarnação é distinta de todos os outros templos religiosos do concelho. Com uma arquitetura incomum, esta capela parece uma fortificação medieval, coroada com ameias.
As estranhas marcas esculpidas nas pedras preparam-nos para o que vamos encontrar no seu interior, paredes de pedra repletas de marcas de canteiro, tão presentes nos castelos espalhados pelo país. Estas marcas representam os símbolos dos mestres pedreiros que as colocavam, como uma espécie de assinatura que permitia aferir o trabalho de cada um e respetivo pagamento, no final das campanhas de obras.
Foi fundada em Setembro de 1481 por Luiz de Cáceres, escudeiro de D. Afonso IV, com vínculo, com cerca de 20 propriedades em Algodres, Penalva do Castelo, Azurara e Aveiro. Em 1755, estava na posse de Aires de Sá e Melo, fidalgo da Casa Real, tendo sido vinculada à Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, ainda durante o século XVIII. Foi recentemente cedida à paróquia.
Capela Encarnação
A Capela do Senhor Santo Cristo do Loureiro está localizada à entrada da povoação, poucos metros depois da Igreja Paroquial.
Fundada provavelmente no século XVII, está associada à Irmandade do Senhor dos Loureiros, que em 1755 pede licença ao Bispo para benzer a capela por ter sido restaurada a capela-mor.
Reza a tradição popular que Nosso Senhor terá aí aparecido por cima de um loureiro. O povo do Casal Vasco tem-lhe muita devoção e todos os anos, no último fim-de-semana de setembro, há festa e romaria em sua honra.
Capela Loureiros
A imagem com que nos deparamos ao chegar ao Largo do Rossio é prazerosa: dois magníficos freixos centenários parecem estender, carinhosamente, os seus enormes ramos para proteger a pequena Capela de Nossa Senhora da Graça.
Templo datado do século XVIII, esteve muito tempo votada ao esquecimento.
Capela Senhora da Graça
No lugar de Ramirão, encontramos a Capela de São Sebastião próxima à estrada.
Terá sido fundada em finais do século XV e início do século XVI, devido à existência de uma sepultura no interior com a data de 1558, provavelmente do fundador da capela.
De retábulo talhado e policromado, a imagem distinta de São Sebastião ocupa o lugar central da capela.
Capela de São Sebastião
Este nobre solar remonta ao século XV, tendo sido residência da família Cáceres, que instituiu a Capela de Nossa Senhora da Encarnação em 1481. Passou para a família Sá de Melo no século XVIII, e depois para a Albuquerque da Casa da Ínsua, cujo brasão ainda encontramos na fachada.
Destacam-se as janelas com decoração manuelina na fachada lateral
Foi votada ao abandono durante muitos anos, mas em 2013, o solar foi reconstruído, mantendo toda a traça preservada, transformando-se num empreendimento de Turismo Rural, aliando a modernidade e o conforto a um espaço que continua a respirar história.6
Solar dos Cáceres